quinta-feira, 8 de setembro de 2011

"Tenho nas mãos um coração maior que o mundo..." Zeca Baleiro

Depois de um longo e tenebroso inverno, eis-me aqui mais uma vez.
Algumas coisas têm acontecido na minha vida que vem me fazendo pensar em qual seria o meu real tamanho.
É engraçado, pois normalmente nós tentamos ser boas pessoas, regar bons sentimentos, neutralizar os maus, dispensar carinho e atenção, ou seja, buscamos, de alguma forma, sermos aquilo que gostaríamos que fossem conosco, como naquela velha e atualíssima ideia de tratar os outros como gostaríamos de ser tratados.
Ok, até aí tudo entendido. Mas como saber se o que eu penso ser o meu melhor é, no mínimo, razoável para o outro? Difícil não?
A gente nunca sabe exatamente qual o nosso tamanho.
Assim como eu nunca sei me expressar nesse blog exatamente como eu gostaria, sempre penso corretamente, mas nunca consigo transpor em palavras da mesma forma.
Essa ideia do meu real tamanho me remete ao cachorro pequinês, que nunca sabe o seu tamanho real e busca atacar mesmo quando frente a frente com um cachorro enorme. Existem também aqueles cachorros enormes que querem deitar no nosso colo como se fossem pequeninos.
Eu não sei qual dos dois eu sou.
Eu me sinto pequeno, impotente e ultrapassado e venho me convencendo de que o tamanho que eu penso ser é exatamente o tamanho que eu sou.
Mas e se para o outro esse pouco que eu penso ser é muito?
Pode acontecer, mas primeiro eu tenho que tirar da cabeça que eu sou pequeno e não tenho o que oferecer.
Eu posso ter todas as qualidades que uma pessoa busca noutra e talvez essas qualidades ofusquem meus defeitos para essa pessoa.
Mas e se você encontra essa pessoa e não pode mostrar além do que já mostrou?
Eu sinceramente não sei o que estou dizendo.
Me perdi, mas continuo seguindo o caminho que eu acho que me levará pra onde eu quero estar.