quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Entre o Sagrado e o Profano

Minha maior virtude, meu maior defeito
Paralelas que se cruzam no lado esquerdo do peito
Revolta psicológica causando os seus efeitos
A perfeita simestria de um ser imperfeito

Medo de agir e não querer ser diferente
Medo de pensar em desacordo com o padrão vigente
Deixa de pensar e finge ser proeminente
E não percebe se amoldar ao excesso de contingente

Acorrentados entre os muros da nossa virtude
Fechando as portas pra qualquer vicissitude
Jamais iremos conquistar a plenitude
Esperando que, sozinho, um dia tudo mude

Moralidade de coloridos vitrais
Nau a deriva a milhas e milhas do cais
Esqueçam as máquinas, somos meros mortais
Feito elefantes em lojas de cristais

Qualquer movimento em falso resulta solidão
O sonho de todo dia não é o circo, é a conquista do pão